O delegado Rodrigo de Sá, titular do 20º Distrito Integrado de Polícia (DIP), falou durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira, dia 9, às 14h30, no prédio da unidade policial, sobre as prisões de Bruno Martins Pereira, 23, Ingrid Suellen Lima de Siqueira, 29, e Jepherson Batista de Costa Junior, 32, envolvidos no latrocínio do caseiro Rosiro Lopes dos Santos, ocorrido no dia 23 de abril deste ano, em uma chácara de alto padrão, situada no bairro Tarumã, zona Oeste. A vítima tinha 48 anos.
De acordo com a autoridade policial, a ação policial deflagrada na manhã desta quarta-feira, dia 9, é uma continuação da operação “Domum Speculo”, que ocorreu entre os dias 12 e 14 de junho deste ano e teve por objetivo prender os envolvidos no latrocínio. Na época, Israel Medeiros da Silva, 32, e Wellington Palheta do Nascimento, 29, foram presos.
Conforme o delegado, após a prisão de Wellington e Israel, a equipe de investigação do 20º DIP conseguiu identificar o trio. “A partir dos depoimentos dos outros infratores envolvidos no crime nós conseguimos identificar Bruno, Jepherson e Ingrid. Ela, inclusive, foi quem atraiu Rosiro até a chácara, para que os comparsas pudessem roubar objetos de valor do local”, disse.
O titular do 20º DIP ressaltou, ainda, que Bruno e Jepherson participaram diretamente do roubo. “Esse grupo utilizou uma Kombi para transportar todos os objetos subtraídos do local até um lugar seguro, onde eles venderam esses itens. O automóvel utilizado na ação criminosa pertence ao pai do Bruno”, declarou.
A ordem judicial em nome dos infratores presos nesta manhã foi expedida no dia 2 de agosto deste ano, pelo juiz Glen Hudson Paulain Machado, da 4ª Vara Criminal. Ingrid foi presa na casa onde morava, por volta das 7h30, na Rua Plácido, loteamento Campos Sales, bairro Tarumã, zona Oeste da capital. Já Bruno e Jepherson compareceram espontaneamente no prédio do 20º DIP na manhã de hoje, por volta das 8h30.
Durante depoimento, os infratores contaram que, a princípio, o objetivo era somente beber e usar drogas, mas quando foram para o local se deslumbraram com os objetos de valor e viram que teriam facilidade para praticar o crime por estarem em um número maior de pessoas. “Eles propuseram a Rosiro que ele aceitasse simular um roubo, onde ele ficaria amarrado, mas ele não concordou. Para que eles não fossem reconhecidos, decidiram executá-lo”, argumentou Rodrigo de Sá.
Além das pessoas presas por envolvimento no crime, foram identificados até agora, dois adolescentes, de 16 e 17 anos, que também participaram da ação criminosa. Eles foram identificados e respondem em liberdade, por não possuírem mandado de busca e apreensão. Ao término dos procedimentos cabíveis, o que diz respeito aos adolescentes será encaminhado à Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), onde será lavrado Auto de Infração Social (AIS). O caso será encaminhado ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM).
Bruno, Jepherson e Ingrid foram indiciados por latrocínio consumado, associação criminosa e corrupção de menores. Ao término dos trâmites legais na unidade policial, Bruno e Jepherson serão encaminhados ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) e a mulher conduzida ao Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF), onde irão permanecer à disposição da Justiça.
Entenda o caso
O caseiro Rosiro Lopes dos Santos foi morto no dia 23 de abril deste ano, em uma chácara de alto padrão, situada no bairro Tarumã, zona Oeste. A vítima estava reunida com um grupo de amigos e consumiu bebidas alcoólicas na casa de Wellington, preso na primeira fase da operação “Domum Speculo”, que ocorreu entre os dias 12 e 14 de junho deste ano. Rosiro acabou atraído por mulheres para que as levassem até a chácara onde ele trabalhava.
No local os infratores subtraíram aparelhos de televisão, joias, aparelhos celulares e bebidas importadas. Somados, os bens totalizam cerca de R$ 30 mil. Ao término da ação criminosa os infratores ainda cometeram o latrocínio. O delegado do 20º DIP, Rodrigo de Sá, ressaltou que o corpo de Rosiro foi encontrado no dia seguinte ao delito, no quarto dos fundos do imóvel. A vítima estava com as mãos amarradas e apresentava golpes de faca na região do pescoço. A arma branca utilizada no crime foi encontrada na piscina do local.