As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Os ex-funcionários do gabinete de Carlos, filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), são ligados a Fabrício Queiroz e já foram servidores de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), outro filho do presidente, quando Flávio ainda era deputado estadual na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).
Queiroz e Flávio, hoje senador, são investigados pelo Ministério Público do Rio pela movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão.
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“Se for servidor da CMRJ, para qualquer função que exercer, deverá utilizar o crachá funcional. (…) Para nomeado para cargo em comissão ou efetivado via concurso público, o crachá funcional será emitido para acesso às dependências do Legislativo, seja qual for a atividade a ser exercida”, diz a nota enviada pela assessoria da Câmara do Rio ao jornal.
Os dois ex-funcionários, identificados como Claudionor Gerbatim de Lima e Márcio da Silva Gerbatim, não possuem nenhum dos dois tipos de comprovação de presença durante o tempo em que constavam como lotados no gabinete de Carlos.
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Claudionor e Márcio fizeram uma espécie de rodízio entre os gabinetes de Flávio Bolsonaro, na Alerj, e de Carlos Bolsonaro, na Câmara dos Vereadores. Márcio foi empregado como motorista pelo vereador entre abril de 2008 e abril de 2010, depois sendo nomeado como assessor-adjunto no gabinete de Flávio na Alerj. Lá, permaneceu até maio de 2011, quando, no mesmo dia, Claudionor ganhou a vaga no gabinete de Carlos na Câmara.
Além disso, Claudionor e Márcio são, respectivamente, sobrinho da atual mulher de Fabrício Queiroz e ex-marido dela.
INVESTIGADOS
Os dois ex-assessores são investigados pelo MP do Rio e tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados na ação que apura suposto esquema de lavagem de dinheiro no gabinete de Flávio na Alerj, entre 2007 e 2018.
Na mesma ação, o MP investiga também a prática de “rachadinha”, que consiste na devolução de parte dos salários de assessores fantasmas ao parlamentar que os nomeou.
A investigação foi aberta após um relatório do governo federal ter apontado movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta bancária de Queiroz, de janeiro de 2016 a janeiro de 2017.
Além do volume movimentado, chamou a atenção a forma com que as operações se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo, em data próxima do pagamento de servidores da Assembleia.
OUTRO LADO
Por telefone, o chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro, Jorge Luís Fernandes, afirmou à reportagem do Estado de São Paulo que a Câmara do Rio já havia respondido aos questionamentos da reportagem, e garantiu que Claudionor e Márcio foram funcionários efetivos do vereador.