Buenos Aires – O juiz federal Claudio Bonadio convocou a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, atualmente senadora no país, a depor em uma investigação sobre suspeitas de corrupção envolvendo contratos públicos.
O magistrado também ordenou a prisão de ao menos 10 pessoas, incluindo aquelas que ocuparam cargos no então governo da parlamentar, entre 2007 e 2015.
Os suspeitos são acusados de receber propinas de empresas privadas.
Como é senadora, Kirchner tem imunidade parlamentar. Ela foi chamada a depor em 13 de agosto.
O caso se baseia em uma investigação do jornal La Nación.
O veículo relatou que o motorista de um dos acusados mantinha oito notebooks em que escrevia informações detalhadas sobre o pagamento de propinas entre 2005 a 2015. O endereço privado de Kirchner e a residência presidencial seriam supostamente mencionados nos escritos.
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A ex-presidente enfrenta diversas outras ações em casos separados envolvendo suspeitas de lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e fraude.
Ela não comentou o caso, mas, anteriormente, negou qualquer prática ilegal.
Em dezembro, Bonadio pediu a parlamentares argentinos que removessem a imunidade parlamentar de ex-presidente para permitir a sua prisão sob denúncias de traição por supostamente acobertar o papel de iranianos em um ataque a bomba a um centro judeu em 1994.