Lewandowski viaja com Lula aos Emirados Árabes e é cotado para o lugar de Dino no MJ

No PT, os possíveis substitutos de Flávio Dino incluem o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio Carvalho

Nesta segunda-feira, 27, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, embarcou para os Emirados Árabes ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como parte da comitiva que participará da 28ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP-28). Lewandowski é considerado um dos possíveis candidatos para ocupar o cargo de Ministro da Justiça, sucedendo Flávio Dino, que foi indicado para o Supremo.

Lula sempre teve grande apreço por Lewandoswski, que se aposentou do STF em abril ao completar 75 anos, sendo sucedido por Cristiano Zanin. O nome do ex-ministro tem sido mencionado há algum tempo como uma opção para o primeiro escalão do governo, e durante a viagem Lula pretende discutir com ele a viabilidade de dividir o Ministério da Justiça e criar a pasta da Segurança Pública. Até o momento, não há consenso dentro do governo sobre essa divisão.

No PT, os possíveis substitutos de Flávio Dino incluem o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio Carvalho.

Entretanto, caso a decisão recaia sobre a preferência de Dino, o escolhido seria o secretário-executivo Ricardo Capelli, membro do comitê responsável por supervisionar a execução do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no combate ao crime organizado no Rio. Capelli e o PT estão envolvidos em uma disputa nos bastidores pela liderança do Ministério da Justiça. Conforme destacado pela Coluna do Estadão, ministros do Supremo avaliam que o assessor de Dino não está à altura do cargo.

Informações do Estadão indicam que uma facção da equipe econômica propôs a ministra do Planejamento, Simone Tebet, como candidata para substituir Dino, argumentando que seria significativo ter uma mulher à frente da pasta. No entanto, nesse cenário, a proposta sugere a separação da Segurança Pública e da Justiça.

A proposta teria surgido com a intenção de substituir Simone Tebet, uma advogada, por um profissional técnico no Ministério do Planejamento. No entanto, a liderança do MDB, partido ao qual Tebet pertence, questiona se o PT concordaria em abrir mão do Ministério da Justiça, mesmo que em uma versão reduzida. (com informações de Vera Rosa, do Estadão)