Ministro Mauro Campbell determina investigação sobre bravatas do diretor jurídico e advogada da JBS

Na troca de mensagens entre diretor jurídico da JBS, Francisco de Assis e Silva e uma advogada que trabalha para a empresa, Renata Gerusa Prado de Araújo, os dois traçam estratégias para obter decisões favoráveis a empresas do grupo – seja por meio de “pagamentos em espécie”, como eles próprios definem, seja por meio tráfico de influência – em processos sob relatoria de uma desembargadora federal, Maria do Carmo Cardoso, que vem a ser mãe da própria Renata, e de pelo menos três ministros do Superior Tribunal de Justiça: Napoleão Maia, Mauro Campbell e João Otávio Noronha.

Assis e Renata também conversam sobre arestas que deveriam ser aparadas com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, a voz mais ativa contra o que considera abusos nas investigações da Lava Jato.

Não é de hoje que magistrados são vítimas de advogados sem escrúpulos, que tentam aumentar seus honorários extorquindo seus próprios clientes, alegando que devem pagar por decisões judiciais.

À revista Veja, o Ministro Mauro Campbell disse que não tem e nunca teve qualquer relação de amizade ou proximidade com a advogada citada e não a recebeu no dia informando pelo jornalista da revista.

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