Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) articulam um possível afastamento do procurador da República Deltan Dallagnol do comando da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba.
A via buscada por ministros para que esse afastamento ocorra parece ser a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Ela convocou uma reunião de emergência, nesta quinta-feira (1), para discutir o assunto. As informações são do jornal Folha de São Paulo.
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Segundo o jornal, pessoas próximas a ela dizem, no entanto, que Dogde não estaria à vontade em criar uma indisposição com os colegas de MPF (Ministério Público Federal).
A alternativa, portanto, seria decidir o destino de Deltan pelo STF. A decisão, segundo a articulação apurada pela Folha, cairia no colo do ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito das fake news.
Nesta quinta, Moraes solicitou uma cópia ao Supremo das mensagens apreendidas pela PF (Polícia Federal) na Operação Spoofing, que prendeu quatro suspeitos de hackearem autoridades, entre elas o ministro da Justiça, Sergio Moro. As mensagens, segundo a decisão, deverão ser encaminhadas no prazo de 48 horas.
REAÇÃO À VAZA JATO
A movimentação do Supremo ocorre um dia após a Folha, em parceria com o site The Intercept Brasil, revelar novas mensagens da “Vaza Jato”. Na última leva, divulgada nesta quinta, Deltan teria incentivado colegas da força-tarefa a investigar o ministro Dias Toffoli, atual presidente do STF.
Conforme as mensagens, Deltan levantou informações sobre as finanças pessoais de Toffoli e sua mulhe, e buscou vínculos que os ligassem a empreiteira OAS, envolvida em esquema de corrupção na Petrobras.
A Constituição determina que ministros do STF não podem ser investigados por procuradores de primeira instância, como Deltan e colegas.