Moradores da Zona Leste reclamaram a Eduardo Braga da falta de creche no lugar, da precariedade no atendimento médico e carência de medicamentos básicos nos postos de saúde. O candidato ao governo do estado pela coligação “União pelo Amazonas” reuniu-se com a população dos bairros João Paulo II e Jorge Teixeira, no último fim de semana.
Eduardo garantiu que em 120 dias irá zerar as filas por atendimento médico e reaparelhar unidades de saúde em Manaus e no interior. “Deem a mim e ao Marcelo Ramos (seu vice) a chance para mostrarmos que para tirar o Amazonas da UTI só precisa de coragem e vontade política. Portanto, não venham me dizer que não tem jeito!”
A dona de casa Débora da Cruz Benício, 30, grávida de nove meses do terceiro filho, disse que nunca conseguiu colocar numa creche o filho mais velho, hoje com 11 anos. “Depois de muito tentar, surgiu uma vaga e coloquei minha menina de 3 anos”, informou, enquanto aguardava o início da reunião. Ela disse que se não fosse o apoio da mãe, que a ajuda nos cuidados com as crianças, sua situação estaria mais complicada.
“É tudo difícil pra quem mora aqui. Além de só ter essa creche, ainda é distante e temos que gastar com ônibus”, disse Débora, ao lado da mãe, a dona de casa Marina da Cruz, 55, que confirmou o drama da filha. “Acho que o Amazonino (Mendes) bem achou que ela era paraense. Quando ele foi prefeito prometeu construir mil creches e não sei onde fez isso.”
Marina reforçou o coro contra a falta de infraestrutura no lugar. “Na policlínica Ana Barreto Pereira, no Jorge Teixeira, nunca tem remédio para doenças crônicas. Sofro de diabetes e hipertensão e estou sem esses medicamentos. Lá só dizem que vai chegar.”
Também presentes na reunião com o candidato, João do Nascimento, 58, e sua esposa Valéria Colares, 30, grávida de sete meses, ambos desempregados, relataram o drama da falta de trabalho e creche para os três filhos. “Vivemos no João Paulo II, numa parte do terreno cedido por uma irmã. Além de poucas escolas e postos de saúde, não temos segurança nem ruas asfaltadas.
Eduardo Braga foi enfático ao afirmar que dinheiro não falta para investir em educação, por exemplo. Segundo ele, em sua gestão a receita da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino (Seduc) era de R$ 1,2 bilhões e muitas obras na área foram feitas. “Já o meu antecessor tinha uma receita de R$ 3,6 bilhões em 2016 e houve um retrocesso. Fiz 1,6 mil salas de aula com ar-condicionado e eles só fizeram 100”, informou.