Delegados da PF do Paraná pedem transferência de Lula para unidade militar

Curitiba(PR) - A polícia Militar reforça a segurança do perímetro da superintendência da polícia federal na capital paranaense, após a prisão do ex-presidente lula (Marcello Casal Jr/Agência Brasil) - Blog do Pávulo

SinDPF-PR (Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado do Paraná) comunicou nesta 4ª feira (11.abr.2018) que pediu a transferência imediata do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva das dependências da Superintendência Regional da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso desde 7 de abril.

O motivo seria a interferência causada pela presença do ex-presidente nas atividades rotineiras da sede regional da PF, que inclui a emissão de passaportes, certidões de antecedentes criminais da Polícia Federal e atendimentos ao público em questões relacionadas a produtos químicos, segurança privada e armas.

A sugestão dos delegados é que o petista fique detido em uma unidade das Forças Armadas, que teria a estrutura “à altura dos riscos envolvidos“. Eis a íntegra da nota do SinDPF-PR.

Lula chega à Polícia Federal em Curitiba para começar a cumprir pena

Ao contrário do sindicato dos delegados, a organização que representa os agentes da Polícia Federal prefere que Lula continue preso na Superintendência Regional da Polícia Federal. A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) alega que o deslocamento resulta em custos extras e aumenta a possibilidade de confrontos.

Eis a íntegra da nota:

“Luís Antônio Boudens, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), classifica a possibilidade de transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da carceragem da PF em Curitiba para uma repartição militar, como um “movimento apressado e sem respaldo dos policiais federais”. Segundo Boudens, cada deslocamento gera custos para os cofres públicos e uma enorme demanda de pessoal, além de aumentar a possibilidade de confrontos e situações de embate entre grupos de apoiadores e de contrários ao ex-presidente.”