Maduro toma posse; OEA não reconhece legitimidade

Caracas 08 01 2019 o presidente Nicolas Maduro fala em rede nacional e diz que tomará posse amanhã na Venezuela. Foto Twitter

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi empossado nesta 5ª feira (10.jan.2019) para 1 novo mandato de 6 anos no comando do país.

Maduro prestou juramento no Tribunal Supremo de Justiça, órgão que tem atuado como o legislativo venezuelano. A Assembleia Nacional, o parlamento oficial do país, não reconhece a legitimidade da eleição e do mandato de Maduro.

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Parlamento venezuelano declarará novo mandato de Maduro ilegítimo

Este será o 2º mandato de Maduro, após uma eleição considerada fraudulenta em maio do ano passado.

O venezuelano assumiu o posto após a morte do então presidente Hugo Chávez, em 2013.

Em seu discurso, Maduro acusou os EUA de conspirarem com outros países da América Latina para removê-lo do poder.

Surgiu 1 novo mundo que se recusa a ser controlado pelas ordens imperiais e hegemônicas de uma única nação ou de seus países satélites“, bradou.

Maduro também atacou o líder colombiano Iván Duque, comparando-o ao personagem “Capitão América”, da Marvel.

O venezuelano também chamou o presidente Jair Bolsonaro de “fascista“.

Além disso, o líder defendeu-se das acusações de fraude nas eleições, afirmando que o país é “profundamente democrático”  e que o rito teria cumprido as premissas da Constituição.

Maduro propôs também 1 encontro entre os presidentes da região para debater a situação no país.

Eu ratifico minha proposta, uma cúpula especial para rever e debater com franqueza“, desafiou.

Apenas 5 chefes de Estado estiveram presentes no evento. Entre eles, o presidente Daniel Ortega (Nicarágua) e Evo Morales (Bolívia).

Do Brasil, compareceu a senadora e deputada federal eleita Gleisi Hoffmann (PT-RS).

OEA NÃO RECONHECE GOVERNO DE MADURO

A Assembleia Geral da OEA (Organização dos Estados Americanos) aprovou nesta 5ª uma declaração onde não reconhece o mandato de Maduro à frente da presidência da Venezuela.

A decisão foi ratificada com 19 votos favoráveis, 6 contrários, 8 abstenções e uma ausência. O Brasil se manifestou favorável ao não reconhecimento.